sábado, 9 de abril de 2011

NOVELA: ENTRETENIMENTO OU INSTRUMENTO DO INFERNO?


Quem me conhece sabe da minha aversão a novelas, a última que assisti foi “Que rei sou eu?” de 1989. Desde que me converti em 1994, passei então a repudiá-las. Entendo que as novelas têm se constituído em um poderoso instrumento de propagação dos mais terríveis comportamentos da nossa sociedade. Vou logo avisando pros crentes modernos, super protetores da arte e da cultura, que não me venha chamar de “religioso radical”, não me venham dizer que novela é tão somente entretenimento, deixou de ser a muito tempo, se é que foi algum dia. A verdade é que as novelas são responsáveis por grande parte da divulgação de modismos que ferem a moral e os bons costumes. Por trás de uma campanha a favor dos direitos humanos se escondem a prostituição e a pornografia. Por trás de uma campanha em favor de pessoas desaparecidas, viciadas ou com alguma deficiência se escondem campanhas a favor do homossexualismo, da devassidão e do ocultismo. Sem falar em adultério, sexualidade deturpada, banalização do casamento, etc. Desafio você a observar a forma como as novelas retrataram personagens supostamente crentes em relação á personagens espíritas, esotéricos e adeptos de religiões africanas e orientais. É imoral.
Apesar dessa minha aversão a novelas, esses dias eu fiz questão de perder meu tempo assistindo duas ao mesmo tempo. Sim, ao mesmo tempo. Coincidentemente, a globo e a Record estrearam suas novelas das sete, no mesmo dia, então decidi assistir as duas para confirmar uma triste verdade: a obsessão da Record em superar a Globo. Essa obsessão está servindo pra expor a fragilidade espiritual daqueles que regem a emissora. A cada dia vemos até onde eles são capazes de ir por causa dessa obcecada concorrência.
As duas novelas começaram apresentando suas tramas. Enquanto a globo apresentava uma estória “inocente” de um grupo de pesquisadores em busca de ossos de dinossauros e um cientista maluco que decide construir um robô à semelhança de sua namorada morta, com o cômico título: Morde e Assopra, a Record por sua vez mostra sua insensatez ao apresentar sua arma de ataque em busca de audiência e destaque na mídia. A trama da Record chama a atenção logo pelo título: Rebelde, um folhetim que vai dar o que falar. Intrigas juvenis, namoros proibidos e belas garotas e garotos botando pra quebrar a partir da sala de aula de uma escola. No primeiro capítulo um grupo decide mergulhar na piscina da escola apenas com roupas intimas, sim, calcinhas e sutiãs molhados sobre corpos esculturais ás 7 horas da noite. Quem você acha que vai levar a melhor. Sem falar da promoção: “ligue pra Record e ganhe um carro OKm”. Ou seja, as novelas continuam cumprindo os seus papéis: “propagar o que não presta”. Lixo, puramente lixo. Até onde a Record vai nessa obsessão? Qualquer dia desses quem sabe, eles lancem uma novela com um personagem “crente”, onde este seja corrupto, fanático e dissimulado, assim como a globo gosta de fazer, pois o povo adora isso. Com certeza vai dar IBOPE. Não duvidem, não é isso que eles querem! Aguardem as cenas dos próximos capítulos.